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Geossítios Científicos

Conheça aqui os geossítios que estão que são potenciais para estudos científicos.

Dinossauros Jangada Roncador

O caminho para a comunidade rural Jangada-Roncador, distante 90 km da sede municipal, é composto por estradas não pavimentadas. Na região existem lanchonetes, mercados e outros serviços de apoio ao turista, porém o geossítio não está aberto para visitação. O conteúdo fossilífero coletado na região e descrito em artigos científicos confere um elevado valor científico ao geossítio, com destaque ao holótipo Pycnonemosaurus nevesi, o dinossauro tipicamente chapadense cuja denominação significa “lagarto da mata densa” em uma associação às características do cerrado.

No local, afloram rochas da Formação Cachoeira do Bom Jardim do Grupo Ribeirão Boiadeiro. A paisagem local é caracterizada pela presença de colinas, morrotes com topo convexo ou tabular, morros em forma de tabuleiro com quebra de relevo controlada pelos níveis de calcretes. Os principais elementos da geodiversidade local são o paleontológico, o estratigráfico, o sedimentológico e geomorfológico. O conteúdo fossilífero coletado na região e descrito em artigos científicos confere um elevado valor científico ao geossítio, com destaque ao holótipo Pycnonemosaurus nevesi, dinossauro terópode carnívoro da família do terópode Abelisauridae
que viveu na região há aproximadamente 70 milhões de anos.

Réplica do crânio do Pycnonemosauro nevesi - Dinossauro Chapadense 2
Morro dos três portões_edited
Morro dos tres portoes 1
JANGADA-RONCADOR

Dinossauros Morro do Cambambe

O acesso ao geossítio é realizado pela MT-020, seguindo do distrito da Água Fria em direção ao Lago do Manso por 3 km, e depois via estrada não pavimentada por 7 km até a sede da fazenda. O percurso até o geossítio é realizado por uma trilha de aproximadamente 800m. O local não está aberto para visitação e não existem estruturas de apoio, sendo a sede do distrito de Água Fria a localização mais próxima de restaurante e serviços de apoio. A área possui alta biodiversidade com a presença de animais silvestres. Dentre os aspectos culturais podem ser associados à presença da população tradicional do entorno, com destaque ao grupo de siriri Flor do Cambambe que tem o dinossauro como símbolo.

O geossítio consta do local onde afloram rochas que pertencem à Formação Cachoeira do Bom Jardim do Grupo Ribeirão Boiadeiro. Nos níveis fossilíferos das rochas ocorrem ossos semiarticulados ou fragmentos de ossos, sendo encontradas peças esqueletais inteiras ou semiarticuladas bem preservadas e fragmentos de fósseis distribuídos de forma aleatória, indicando distintos momentos de soterramento, retrabalhamento e redeposição.

DINOSSAUROS-DO-CAMBAMBE
Fragmentos de fósseis de dinossauros - Foto Carlos Oliveira
Dinossauros do Cambambe
Dinossauros do Cambambe 2
Morro do Cambambe
Réplica Saurópode - Titanossauro

Dolina

O acesso a esse geossítio é feito desde a sede municipal pela MT-251, seguindo pela MT-450. O geossítio não está aberto à visitação e não existem estruturas de apoio local ou trilhas adequadas. No local existe cerrado, sem modificações e com fauna e flora abundante com presença de animais silvestres como anta, ema e diversas espécies de pássaros. 

A feição cárstica da dolina se desenvolveu nos arenitos da Formação Alto Garças, do Grupo Rio Ivaí, contudo no local não existem bons afloramentos para visualizar as características da unidade litológica.

O relevo local é suave, formado por colinas de topos tabulares e arredondados. A dolina possui um raio de cerca de 130 metros de circunferência, e uma profundidade entre a borda e a lâmina d’ água de cerca de 5 metros.

A feição pode ser observada com facilidade em imagens de satélite. Os principais elementos observáveis neste geossítio são o geomorfológico, sedimentar e espeleológico. No local, existe cerrado sem modificações e com fauna e flora abundante com presença de animais silvestres como anta, ema e diversas espécies de pássaros.

CAPA CAPITULO 3 dolina
DOLINA-700x700

Fósseis marinhos - Prof.ª Dra. Raquel Quadros

O acesso do geossítio é realizado pela rodovia MT-251, seguindo pela estrada vicinal da trilha do Morro do São Jerônimo e Caverna Casa de Pedra. O nome do geossítio faz referência ao Oceano Pantalassa que recobria a região durante a deposição destas rochas e leva o nome da pesquisadora Raquel Quadros que realizou estudos sobre os registros fossilíferos do Devoniano na Chapada dos Guimarães.

O geossítio não está aberto à visitação turística, somente para estudos científicos, a estrutura de apoio mais próxima está localizada no geossítio da Cachoeira Véu de Noiva.

O local possui alta relevância científica devido ao estado de conserva- ção dos fósseis encontrados na condição in situ e por se tratar da localização onde holótipos foram coletados e identificados em trabalhos científicos relevantes. O nome do geossítio faz referência a pesquisadora Raquel Quadros que realizou estudos sobre os registros fossilíferos do Devoniano de Chapada dos Guimarães.

Os melhores afloramentos estão situados dentro de erosões lineares, o que representa um desafio para a gestão do geossítio, pois há o risco de deterioração de elementos geológicos. A geomorfologia é composta por colinas e morrotes, e no horizonte se observa o vale e o cânion do Rio Coxipó.

A paleontologia, sedimentologia, estratigrafia e a paleogeografia são os principais tópicos que podem ser abordados em atividades turísticas ou pedagógicas. A região também possui valor histórico, pois está localizada próximo ao antigo engenho do Buriti, a primeira fazenda instalada na região, logo nos primeiros anos de colonização do estado de Mato Grosso.

oceano-pantalassa-trilobita
Conchas Foto Projeto Geoparque
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