Depois de um ano de reuniões, duas audiências públicas e um workshop, o presidente da Câmara Setorial Temática (CST) do Geoparque, Caiubi Kuhn, entregou, na manhã desta segunda-feira (16), o relatório final do geoparque, da geodiversidade e do geoturismo de Chapada dos Guimarães.
O documento tem 73 páginas. No total, foram realizadas 14 reuniões ordinárias, além de um Workshop e duas audiências públicas – uma em Cuiabá e outra em Chapada dos Guimarães. De acordo com Caiubi Kuhn, o relatório mostra a participação maciça da população de Chapada e região nas discussões e na formatação das propostas.
Das cinco sugestões que foram transformadas em propostas, três delas já viraram projetos de lei. Todas elas estão em tramitação na Assembleia Legislativa. Kuhn disse ainda que as sugestões serão encaminhadas a outros órgãos – como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente – para desenvolver políticas públicas para o meio ambiente.
A primeira das três propostas, em tramitação no Parlamento, é a que confere ao município de Chapada dos Guimarães o título de capital estadual da geodiversidade. A segunda cria o comitê estadual da geodiversidade, do geoturismo e do geoparque. Já a teceira cria o Geoparque de Chapada dos Guimarães.
Outras duas minutas estão em estudo e devem ser apresentadas no Parlamento estadual ainda este ano. Uma delas cria o fundo estadual de fomento a geoparques, geodiversidade e geoturismo e a outra dispõe sobre a criação da semana estadual de geodiversidade.
Caiubi Kuhn afirmou que as propostas discutidas à formatação do geoparque estão alinhadas ao documento proposto pelo ODS – Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – que está inserido na agenda da Organização das Nações Unidas (ONU) até 2030.
“A agenda do ODS coloca a importância do quesito educacional e do desenvolvimento sustentável. O geoparque da Chapada dos Guimarães se alinha a essa proposta. Se Mato Grosso desenvolver essa política de geodiversidade dará um grande passo para contribuir com o cumprimento da agenda do ODS”, explicou o presidente da CST.
A representante do Sindicato de Turismo de Mato Grosso, Natally Neves, disse que as propostas possibilitam focar em um turismo relacionado à beleza natural de Chapada dos Guimarães. Segundo ela, o foco será no turismo cientifico e de conhecimento.
“A estrutura rochosa é o primeiro impacto que o turista tem. Muitas vezes, ele vai à região e não tem a informação. A criação do geoparque vem fortalecer o desenvolvimento da região” disse a sindicalista.
A CST do Geoparque encerrada na manhã desta segunda-feira (16), com a apresentação do relatório final, foi sugerida pelo vice-líder do governo na ALMT, deputado Wilson Santos (PSDB).
Matéria de Elzis Carvalho (Secretaria de Comunicação Social/AL-MT), disponível em: https://www.al.mt.gov.br/midia/texto/cst-do-geoparque-apresenta-relatorio-final-1/visualizar
Requerente: Wilson Santos
Nº do Requerimento: 265/2016
Nº do Ato: 013/2017
Data de Publicação: 04 de abril de 2017
Data de Instalação: 09 de junho de 2017
Data de Encerramento: 07 de dezembro de 2018
Data fim do Prazo Regimental: 05 de dezembro de 2017
Composição da Câmara
Presidente: Caiubi Emanuel Souza Kuhn
Relator(a): Deborah Almeida Faria
Membros:
Cíntia Maria Santos da Camara Brazão
Cristiane Lisboa dos Santos
Demile Fabiano Simão
Elias Batista da Silva
Francisco Forte Stuchi
Jorge Luís Martins Defanti
José Carlos Bazan
José Ferraz de Araújo
Marcio Correia de Amorim
Paulo André da Silva Barroso
Priscilla Ap. Lotufo Bussiki Fujimura
Thais Cardoso Tobias
Valdemir Sebastião Taques
Valéria Schmidt
Waldemar Abreu Filho
Síntese da Conclusão do Relatório:
Foi criado um cronograma de atividades para debater temas relevantes da geologia dentro do município, com intuito de demonstrar benefícios na visitação de estudos científicos e turismo sustentáveis na região. Oportunamente será encaminhado à UNESCO o pedido de reconhecimento como Geoparque.
O Serviço Geológico do Brasil identificou geossítios presentes em áreas do Parque Naciona l e demais propriedades particulares, onde serão explorados com pesquisas científicas e turismo de contemplação.
Ficou definido pelos membros os limites, ficando a apenas com o município de Chapada dos Guimarães.
No Brasil existe apenas o Geopark Araripe no Ceará, na região do Cariri, que é exemplo de patrimônio geológico, que ajuda a população na educação geológica e ambiental, onde conseguem assegurar o desenvolvimento sustentável através do geoturismo e geram fonte de renda para a população local.
A proposta é envolver a comunidade local para o desenvolvimento do turismo geológico, com guias especializados, atendendo a demanda de visitantes do mundo científico e de turismo. Juntamente com valorização dos produtos internos, como a arte regional, criando uma marca exclusiva através do artesanato. Divulgar nacional e internacionalmente os locais que a geologia apresenta várias etapas de milhões de anos. Inclusive que já foi mar e existiu dinossauros na localidade do Cambambi.
Com o reconhecimento UNESCO o Geoparque Chapada estará apto às linhas de crédito e financiamentos do Banco Mundial a fundo perdido, para investimento em obras e serviços , tais como em museus arqueológicos, palenteologico e geológicos, centro de atendimento ao turista, cursos, treinamentos, etc.
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